quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Caminho.

Vamos caminhar... trocar os passos e num passo de cada vez começar.
Comecemos com um abraço, que é quentinho...
...porque o frio lá fora aperta, e a neve desperta, aperta-te a mim, aperta-me a ti.
Esmaga, afaga, ofega, quando - porque te apetece - me espremes, me mimas, me sussurras.
Caminhemos, mais um pouco...
Mais um passo, mais um compasso... torce o teu corpo no meu, o meu no teu... contorce-te.
Vamos ver o mar... ondula-te nos nossos olhos e morre nas nossas faces doce água salgada. Os sulcos que vês na humidez dos nossos rostos são as pegadas, os pés que lado a lado esculpem a nossa história e as nossas estórias.
Ouve a chuva... chove dentro de mim, inunda-me, afoga-me de ti.
Abriga-me...
Dentro de ti!
Abrigo meu...
Partamos para a tempestade, essa fantástica liberdade do tempo indomável.
Despe-me, despoja-me.
Toma conta de mim.
Comamos o tempo que nos alimenta de perenidade.
Volta a abraçar-me - perenemente...
Não deixes que se acabe... não deixes que se perpétue...
Tão mágico como um beijo... tão eterno como o nosso amor.
Amo-te!